Que grata surpresa foi ver no último sábado, às 22 horas no canal MTV, o documentário Thriller 40, sobre o álbum de música mais vendido da história da cultura pop. E principalmente: perceber que a imagem do rei do pop, Michael Jackson, permanece até hoje intocável.
Thriller 40 tem todos os elementos possíveis de um projeto que é a cara da geração dos anos 1980: nostalgia pura, ótimos depoimentos, detalhes sobre o processo criativo e, o mais importante: imagens raras, clássicas, eternas, uma sensação de fenda no tempo constante.
Acompanhamos música a música o árduo trabalho, a parceria entre Michael e Quincy Jones, entrevistas com antigos colaboradores e também com ícones pop de outras gerações (W.i.l.l.i.a.m, Mary J. Blidge, Usher, etc), cujas carreiras só foram - e são - possíveis até hoje graças a influência do astro por trás de hits como "Billie Jean", "Beat it", "Wanna be startin' something", "Human nature" e tantos outros clássicos.
Nas partes em que o diretor, Nelson George (e aqui recomendo também o livro que ele publicou sobre o álbum, Thriller: a vida e a música de Michael Jackson, que é ótimo!) nos apresenta os bastidores dos clipes meus olhos marejaram de lágrimas, fazendo meu cérebro voltar àqueles dias de adolescente tímido ouvindo tudo o que podia sobre Michael em rádios, LPs, cassetes, etc...
O diretor também não fosse de polêmicas e assuntos mais espinhosos, como o acidente envolvendo o cantor no famigerado comercial da Pepsi e do preconceito da MTV com o artista, mesmo sendo já bem sucedido na carreira.
Entretanto, o que os fãs mais nostálgicos aguardam (e são atendidos de forma gloriosa) é a maquiagem de Rick Baker no clipe de Thriller - do diretor John Landis -, a primeira vez que Michael realizou o moonwalk num show comemorativo da Motown e a festa de Grammys que ele faturou na época.
O único defeito de Thriller 40: ter apenas 1 hora e 30 minutos. Os fãs de séries no streaming certamente iriam adorar uma temporada inteira repleta de informações e bônus os mais diversos. Enfim... Era o que tínhamos para o dia e valeu cada segundo sentado em frente à tv.
Ao fim do doc e com a passagem dos créditos ficou a legítima sensação de que o álbum que entrou para a história do show business ainda é foda e não à toa as gerações de fãs de Michael Jackson só aumentam (informação essa que, inclusive, é mostrada no longa).
Assistam quando tiverem a chance, sejam vocês fãs do cantor ou não. O filme é o puro suco da cultura pop. E vamos combinar: infinitamente melhor que certas coisas que andam sendo badaladas hoje em dia.
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