Até o último minuto, o da virada, aguardemos surpresas. Elas podem, sim, surgir a qualquer momento.
O ano de 2023 acabando e ainda assim, nos acréscimos, quase me engasgo com a notícia de que Superman - o filme, clássico dirigido por Richard Donner, comemora 45 anos de existência. Como assim? Onde é que estava que não percebi que o tempo voou desse jeito? Superman (para quem teve a honra de ver nos cinemas e/ou alugou em VHS nas locadoras) é um fenômeno da cultura pop praticamente inigualável. Principalmente se levarmos em consideração o que era a tecnologia naquela época.
Esqueçam CGI, Chromakey, Imax, 4K... Gente, nós ficávamos deslumbrados só de ver o filho de Krypton voando! E eu queria fazer igual na sala de casa. Mais do que isso: houve um tempo em que eu queria ser o ator Christopher Reeves (que dá vida ao herói). Até hoje fico triste com a forma como a vida dele terminou. O cara ERA uma lenda.
Acompanhamos a saga de Clark Kent, antes Kal-El, último sobrevivente de Krypton, que foi completamente destruído mesmo com todos os esforços de seu pai, Jor-El (Marlon Brando; sim, aquele mesmo!), para salvá-lo. Ele é adotado por Jonathan e Martha Kent e, depois de adulto, vai para Metrópolis tentar a vida como jornalista.
O problema? A mente mais maligna do mal, Lex Luthor (Gene Hackman, outro monstro sagrado de hollywood), que pretende destruir o país a qualquer preço. E, é claro, como pano de fundo, uma love story com a colega do Planeta Diário, Lois Lane (Margot Kidder).
Superman - o filme é, para mim, até hoje, a melhor versão do super-herói transposta para as telas. E também a que mais tem clima de HQ, aquela sensação de coisas feitas no improviso (muito também pela carência de efeitos especiais melhores na época). E uma opinião minha que sempre rende briga com os nerds chatos de plantão: não consigo entender quem acha Henry Cavill um superman melhor. Sempre o achei frio, todo duro, sem carisma. Apenas um sex symbol.
E em quatro décadas e meia de jornada é fácil entender o porquê do longa ainda ter tanto prestígio junto aos fãs (e não somente por se tratar do início de um ciclo, que rendeu três continuações, mas como filme solo também).
A cena em que Superman gira no sentido anti-horário do planeta terra para salvar Lois Lane (eu sei, eu sei... vão dizer que eu dei spoiler, mas... sério! o filme tem quase 50 anos. Dá um tempo, gente!) se tornou uma de minhas cenas eternas da história da sétima arte. Lembro que cheguei a ler livros de física depois de ver o filme para entender se aquilo seria realmente possível. E somente por isso já vale a pena concordar com o quanto essa produção era - e ainda é - à frente do seu tempo.
E o legado disso? Vermos a DC se perder dia a dia com decisões equivocadas sobre o universo do qual o personagem faz parte. Uma pena! Contudo, os fãs mais nostálgicos sempre lembrarão (às vezes com lágrimas nos olhos) da trilha, das cenas de salvamento, da visão de raio-x, do super voando e eu querendo saber como eles fizeram aquilo acontecer, naquela época...
Ah, gente, hollywood já foi foda. Por que esse tempo não volta mais, hein?
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