domingo, 24 de dezembro de 2023

A criatura voltou, graças a Deus!


Impossibilitado pelo meu computador, que chegou ao fim da sua jornada (me obrigando a comprar outro!), acabei não comentando aqui Godzilla minus one, do diretor Takashi Yamazaki. 

Em poucas e justas palavras: "deslumbrante" e "a grande surpresa do ano".

Nos últimos anos - mais especificamente, da versão de Roland Emmerich em 1998 com Mathew Broderick e Jean Reno pra cá - andei um tanto desapontado com a criatura nas telas. Mais do que isso: por vezes, até mesmo acreditando que ele era o coadjuvante em sua própria história. Aqui não. 

O primeiro aspecto que chamou minha atenção em Godzilla minus one foram os estupendos dramas humanos criados pelo diretor, colocando o pós-guerra como uma narrativa forte e legível aos espectadores. 

E o próprio design da criatura, que mantém a essência do personagem histórico (que completou 70 anos em 2023), é um acerto também muito bem-vindo por parte da produção. Aliás, hollywood bem que poderia aprender com este longa a não meter a mão nas criações asiáticas. Eis um projeto que respeita seu protagonista, não o transforma num reles paspalho...

No mais, cenas de batalhas inebriantes, muita autodestruição e ainda a torcida (de minha parte, é claro!) para que uma família se reúna e recomece suas trajetórias do zero.

Esqueçam super-heróis repetitivos, zumbis correndo que nem idiotas pelas ruas, vampiros emo, criaturas mitológicas, etc etc etc... Esse aqui foi o filme "de ação" (entre aspas porque é bem mais do que isso) do ano. E os donos de cinema, burros, de novo, tiraram ele de cartaz em muitos lugares cedo demais. 


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