sábado, 13 de abril de 2024

Mad Max, 45 anos


Será que só eu tenho percebido isso?

Digam o que quiserem, mas que eu tenho a sensação de que o tempo, nos últimos anos, tem corrido demais da conta, ah eu tenho! E, cá entre nós, não me agrada a ideia de envelhecer à velocidade da luz, mas... é isso. O tempo passa e com ele aquilo que gostamos, apreciamos, cultuamos ganha história, vulto, novas interpretações, datas comemorativas.

Mad Max, de George Miller, começou a trilhar seus passos há 45 anos, quem diria... E acho que nem ele próprio imaginava o grande legado que essa franquia construiria (para mim, pelo menos, ela é tão icônica quanto Star Wars e Star Trek, guardadas as devidas dimensões, é claro!). 

Mais do que acompanharmos a saga de Max Rockatansky (vivido por Mel Gibson), que busca vingar a morte da mulher e do filho, o longa de Miller sempre me soou como uma grande metáfora para o que nos aguarda no futuro. E olha: esse futuro melancólico, diria mais: macabro, onde até a água é disputada a unhas e dentes, nunca esteve tão perto, se levarmos em conta o que os chamados "donos do mundo" têm feito com o planeta terra nas últimas décadas.

Se as últimas gerações ficaram impressionadas com as distopias e realidades fragmentadas propostas por Matrix, Jogos vorazes e Maze runner, muito antes disso (na verdade, muito antes sequer da existência de CGI, Chromakey, Imax ou qualquer outra tecnologia vista como salvadora da indústria do cinema), George Miller deu as caras, pôs a mão na massa com seus, então, efeitos práticos, e fez nosso mundo virar de ponta a cabeça com perseguições, explosões e muito tiroteio.

E a fórmula deu tão certo e atraiu tantos devotos que rendeu uma trilogia de respeito, embora uns e outros volta e meia reclamem da irregularidade da franquia. Eu nunca escondi que gosto até mais do segundo (cujo título original é Road Warrior) do que este que aniversaria aqui, mas todo o conceito por trás do projeto me ganhou de cara sem fazer esforço. 

Um detalhe importante: era um ano de produções arrebatadoras para qualquer cinéfilo que se preze (Apocalipse now, The warriors: os selvagens da noite, Hair, Fuga de Alcatraz, Alien, o 8º Passageiro, etc) e mesmo assim aquele australiano cheio de ideias inovadoras veio comendo pelas beiradas e fazendo o estrago necessário para conquistar o seu espaço na indústria.

E se você teve o desplante de Assistir Mad Max: estrada da fúria, com Tom Hardy como Max e não viu a trilogia original, você não merece ler esse singelo post. Logo, corra agora e procure pelo box em DVD ou Blu-ray com os três longas (eu tenho o meu aqui em casa e, de quando em quando, revejo porque a nostalgia bate forte).

No mais eu paro por aqui, pois quero que vocês, nobres leitores, vejam - ou revejam - essa pequena obra-prima dos action movies. Melhor: de um tempo em que os filmes de ação tinham culhões e não perdiam tempo com tantas pautas, propagandas, agendas políticas e culturais. Obs: corre o risco de vocês viciarem depois de assistir a primeira vez. Fica a dica.

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