quarta-feira, 16 de julho de 2025

O novo Superman?


De Richard Donner - e seu legado (para mim) eterno - à Zack Snyder, o homem de aço passou por diversas nuances, nem todas tão dignas de nota assim. Houve messianismos, canastrice e muita bajulação desnecessária a um personagem que já é, por si só, de difícil adaptação. E por que? Por conta de sua eterna imagem de politicamente correto, homem da lei ético a qualquer custo. 

E eis que James Gunn (sim, aquele da trilogia Guardiões da Galáxia, da Marvel) chega a franquia propondo um novo caminho e frescor ao personagem. Conseguiu? Bem... Há controvérsias em alguns momentos. Porém, é certamente melhor do que as versões anteriores de Bryan Singer e Zack Snyder.

Superman vira o inimigo do planeta terra, aquele que veio de Krypton para destruir a raça humana. Tudo, é claro, um plano sórdido de seu eterno algoz Lex Luthor, que simplesmente não consegue lidar com a popularidade do herói junto a população de Metrópolis. 

Entre os pontos altos dessa nova versão, vale conferir cada momento do cachorro Krypto na tela (acho até que merecia mais tempo de filme), a escolha acertada de Rachel Brosnahan como Lois Lane e, claro, Nicholas Hoult impecável como Lex, ao contrário das canastrices propostas por Jesse Eisenberg na versão anterior (que mais parecia um mero nerdola babaca do que um vilão).

Já entre os momentos descartáveis, cenas pós-créditos que nada dizem nem acrescentam à futuras tramas, uma aparição muito rápida da Supergirl que poderia ser facilmente cortada na ilha de edição, uma Gangue da Justiça meio interessante (mais pelo Guy Gardner do que os outros membros) e, finalmente, o romance fake entre Jimmy Olsen e a namorada do vilão (nada a ver com nada aquilo!). 

Ao fim, temos um Superman que diverte, "empolga" (as aspas são obrigatórias), com cenas de tirar o fôlego com um CGI caro e, muitas vezes, correto e que, no final das contas, em tempos de críticas com estrelas, tomates, ovos, etc, vale um três estrelas para ficar na média e valer uma ida ao cinema. Ponto.

P.S: ainda é muito cedo para sabermos o que esperar do DCU de Mr. Gunn, mas honestamente... continuo acreditando que o gênero "filme de super-herói" já teve o seu ápice e precisa dar lugar a novas ideias. Hollywood sempre pensou dessa forma. Não entendo a dificuldade em lidar com isso agora...


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