sexta-feira, 27 de setembro de 2024

O programa que definiu o humor nos EUA


Dizendo de forma bem rápida e rasteira: é mais fácil dizer quem não participou do programa do que elencar (sem esquecer alguém) quem lá esteve. Refiro-me ao Saturday Night Live que chegou a sua temporada de número 50, um feito mítico em se tratando de televisão. 

Eu não sou um especialista no programa, muito menos um espectador fanático, mas sempre que sobra um tempo assisto quadros e, de vez em quando, episódios inteiros (sempre no youtube); logo atesto: é fácil entender o fenômeno que se tornou o formato. 

É possível encontrar de tudo no Saturday night live: da ironia fina ao escracho direto. Seja debochando dos debates eleitorais (o último, satirizando o embate entre Donald Trump e Joe Biden, com Jim Carrey e Alec Baldwin na pele dos presidenciáveis, me deixou quase sem ar) ou tirando sarro dos heróis da marvel, ninguém escapa ao radar dos produtores. 

O programa ficou marcado por tornar conhecida toda uma geração de humoristas: Eddie Murphy, Adam Sandler, Richard Pryor, Tina Fey, Chris Farley, Chris Rock, Rob Schneider, Ben Stiller, Bill Murray... E não somente do humor. Praticamente toda a indústria fonográfica norte-americana e hollywood deu as caras por lá. 

Mês que vem será lançado o longa Saturday night, de Jason Reitman, sobre as horas que antecederam a estreia do primeiro programa, e eu desde já estou ansioso para vê-lo (espero que o circuito exibidor aqui no RJ não o boicote ou o coloque em raras salas em locais de difícil acesso). Será possível aos leigos ter uma pequena dimensão da loucura - e da revolução - promovida por seus criadores. 

Atualmente o programa vive uma crise interna por conta do elenco (considerado muito fraco pelos críticos) e dos índices baixos de audiência. Será esta a última temporada e, consequentemente, o fim de uma era? Espero que não. O humor não merece um baque desses.    

No geral, o que fica é o sentimento de estarmos diante de uma façanha que, talvez, nunca mais se repita na tv (seja nos EUA ou no resto do mundo). Em tempos de programas e séries que mal conseguem renovação para uma segunda temporada, permanecer no ar por cinco décadas? Haja fôlego! E também muita coragem e ousadia. 

Que eles mantenham a chama acesa pelo tempo que for. 


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