sábado, 28 de setembro de 2024

Brigitte Bardot, 90


Mal comemoramos as nove décadas da musa italiana Sophia Loren e outra musa - esta francesa - também completa a mesma idade. Falo logicamente de Brigitte Bardot, para muitos críticos e amantes da sétima arte mundial a "mulher mais bonita do mundo" (mas me perdoem desde já por não corroborar essa parte, tendo em vista minha eterna paixão por Elizabeth Taylor).

Parece louco pensar que a maior musa do cinema francês trocou as telas de cinema pela causa animal, mas foi exatamente isso o que ela fez (e já tem tempo isso, é bom que se diga!). Eu confesso que tenho uma lembrança de Bardot mais como sex symbol do que como grande atriz. Na verdade, a achava bastante mediana...

O que, claro, não a impediu de estar em projetos que marcaram época tanto na França como no resto do mundo. Prova disso são os longas E Deus... Criou a mulher, de Roger Vadim e O desprezo, de Jean-Luc Godard, duas obras-primas únicas. 

Entretanto, lembramos mais de Brigitte por sua beleza inegável e seu sex appeal devastador do que por suas atuações fortes e poderosas (algo que, provavelmente, encontraremos com mais facilidade dentro da filmografia de atrizes como Bette Davis, Shirley MacLaine ou Katherine Hepburn). 

Mas tudo bem. Assim como apreciamos artistas que entregaram seu melhor nos palcos e nas telas (vide, por exemplo, a antológica Maggie Smith, que faleceu ontem), também nos apaixonamos pelo poder que somente as beldades são capazes de proporcionar. E nesse sentido Brigitte Bardot foi a Marilyn Monroe europeia, ou seja, veio ao mundo para ditar padrões, por vezes, inalcançáveis. 

E não podemos esquecer da ligação pessoal da atriz com o Brasil. Ela morou, no começo dos anos 1960, na pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, então distrito de Cabo Frio. Há inclusive estátua dela na cidade. O que é mais um motivo para que os brasileiros cinéfilos tenham todo um carinho particular pela musa. 

Que ela continue exercendo seu papel - agora não mais como movie star e sim como ativista - e chegue ao centenário. O cinema certamente agradecerá, caso isso aconteça! 


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