quarta-feira, 6 de setembro de 2023

No apogeu do cinema brucutu


Li a matéria e ainda estou sem acreditar... 35 anos de Duro de matar, de John McTiernan? É isso mesmo? Três décadas e meia se passaram e eu ainda vejo o detetive John McClane (Bruce Willis) metendo bala nos terroristas que invadiram o Nakatomi Plaza, liderados por Hans Gruber (o sempre ótimo - e menos badalado do que deveria - Alan Rickman).

Numa época em que o cinema brucutu hollywoodiano fazia a alegria dos cinéfilos e sócios das videolocadoras com produções como Rocky, Rambo, O exterminador do futuro, Falcão - o campeão dos campeões, Braddock, O grande dragão branco, etc... Eu sempre tive uma admiração profunda pelo policial insano e debochado encarnado por Willis. 

Na verdade, eu já era fã dele por conta da série de tv A gata e o rato, no qual dividia a tela com a belíssima Cybil Sheppard (do cult scorseseano Taxi Driver). Porém, foi aqui seu apogeu. Teve quatro continuações, o que levou - obviamente - a um desgaste da franquia, mas mantendo seu charme e curiosidade para as gerações seguintes. 

Uma pena ver o momento pessoal que Willis está vivendo nos últimos anos. Logo ele, que tantos quiseram matar na tela e não conseguiram, acabou vencido por um inimigo praticamente invisível, mas não menos letal. 

Por mais que saibamos que Duro de Matar (e todo cinema de ação produzido naquela década em hollywood) fosse uma grande propaganda do american way of life bem como uma crítica ao período da guerra fria contra os russos, ainda assim era de tirar o fôlego presenciar toda aquela adrenalina e violência desmedida. 

McClane correu sobre o vidro, meteu bala numa viatura policial para conseguir ajuda contra os bandidos, explodiu C4 na cara dos bad guys, se espremeu pelos dutos de ventilação e isso tudo em pleno natal e vivendo uma crise conjugal com a mulher... Detalhe: apenas no primeiro longa da série. Sim, você precisará ver os outros quatro para entender toda a loucura e arrojo do personagem!

E passado tanto tempo parece, a meu ver, que os action movies perderam parte da magia peculiar daquele período. Deram lugar a heróis de plástico e uma eterna batalha contra o fim do mundo que nunca chega (nem vai chegar, pois não passa de um lobby barato e só!). E com o sumiço da mídia física ficou mais complicado rever essa pérola sempre que quisermos. 

Quem tem seu DVD e Blu-Ray que o guarde com carinho. Isso aqui, no quesito nostalgia, vale ouro. 


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