segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Agora sim... um show!


Enfim a música como protagonista num festival, sem estrelismos babacas, delírios coletivos e exibicionismos desnecessários...

Ao fim do show de Bruno Mars no segundo dia do festival The Town, no autódromo de Interlagos em São Paulo, mantive minha esperança de que ainda é possível acreditar no mercado fonográfico. A questão mesmo é saber se os artistas ainda estão interessados nisso ou se a fama fútil, à base de redes sociais vazias e poses esdrúxulas, é mais importante.

Bruno cantou, dançou (muito bem acompanhado - é bom que se diga! - por uma banda afinadíssima), requebrou, flertou com o público, arranhou um português básico e fez todo mundo voltar pra casa com um sorriso de satisfação de nuca a nuca.

E a melhor parte: sem playbacks, autotune e metidice. Como disse na abertura desse post: colocando a música como protagonista. 

Seus hits - "24K Magic", "Runaway jury", "Uptown funk", etc etc etc - estiveram presentes, no estilo, nas coreografias e nas vozes de quem acompanhou (alguns entre uma lágrima e outra). Teve o momento intimista, ele no teclado tocando canções do início da carreira e que escreveu para outros artistas, como Ceelo Green, por exemplo. E o tecladista, maroto que só, ainda mandou pra galera um "Evidências", clássico da dupla Chitãozinho e Xororó, para entusiasmo e imediato acompanhamento do público.

Esqueçam bandinhas K-pop, esqueçam Luísa Sonza posando de star, esqueçam as eternas bobagens que esses festivais costumam trazer de tempos em tempos e, por isso, a cada ano eu os assisto com cada vez menos frequência... Bruno Mars mostrou sozinho o que as pessoas esperam de um evento como esse. 

E olha que eu assisti de casa, pelo Multishow. Imagina quem estava lá!

Como não dá pra ser perfeito em todos os aspectos, sim, teve (de novo e de novo) aquela galera que vai pra filmar o show, que não vive a experiência. Mas esses, vocês sabem, são um caso perdido. E espero que um dia acordem para a realidade. Mas nada que afete o grande meteoro que foi esse artista que, até então, eu pensava: "deve ser só fogo de palha, como grande parte dessa geração atual". Estava enganado. 

Graças a Deus!


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