Todo dia uma novidade boa nesse mundo da cultura pop!
Ainda nessa pegada das homenagens leio que o ator Robert de Niro comemorou ontem 80 anos de idade. Uma carreira que raros artistas em hollywood conseguiram equivaler. Matt Damon, quando lhe entregou o Cecil B. DeMille Award durante a cerimônia do Globo de Ouro, disse que Robert era o maior ator vivo em atividade na indústria americana de cinema. E certamente não mentiu.
Difícil saber por onde começar ao falar de sua filmografia. A grande maioria dos fãs sempre lembrará da parceria dele com o diretor Martin Scorsese (um dueto que promete, ainda esse ano, The killers of the flower moon, que estou ansioso pela estreia!). Entretanto, ele colaborou com muitos dos gigantes da indústria: Bernardo Bertolucci, Sergio Leone, Francis Ford Coppola, Brian de Palma, Alan Parker, Terry Gilliam, Michael Cimino, Elia Kazan, Michael Mann...
De padre à chefão da máfia, de motorista de táxi disposto a perpetrar o maior atentado terrorista dos EUA ao pugilista prepotente; de dono de cassino à Lúcifer; de Al Capone à fã obcecado pelo ídolo, de Jimmy Hoffa à pretenso comediante capaz de tudo pela fama... De Niro é um grande cronista da América, capaz de realizar façanhas inacreditáveis e construir biotipos físicos inigualáveis.
Entre seus longas que povoam minha mente de tempos em tempos, não tem como não destacar O poderoso chefão II, Taxi Driver, A missão, Os intocáveis, O franco-atirador (longa pelo qual eu tenho uma devoção eterna; provavelmente o filme com ele que eu mais assisti até hoje), Touro indomável, Cabo do medo, Fogo contra fogo, 1900, O rei da comédia, Tempo de despertar, Caminhos perigosos, Ronin... Procure seu perfil no IMDb: são mais de 120 créditos em que encarna um pouco de tudo.
E isso trabalhando numa era de grandes nomes da indústria, como Gene Hackman, Jack Nicholson, Dustin Hoffman, Al Pacino, Clint Eastwood, Robert Duvall, Marlon Brando, Donald Sutherland, Tommy Lee Jones, John Cazale e tantos outros. E olha que eu nem contei em detalhes os dois Oscars de melhor atuação que ele ganhou e os longas - Desafio no Bronx (1993) e O bom pastor (2006) - que ele dirigiu. Ou seja: não é pouca coisa!
Já nos últimos anos muita gente vem reclamando (de forma quase recorrente) de suas escolhas de carreira, incluindo uma série de comédias B extremamente questionáveis, de mau gosto mesmo, mas - a meu ver - nada que abale o legado que ele construiu. Afinal de contas, lendas continuam sendo lendas mesmo quando dão passos em falso aqui e ali.
E se por um lado ainda aguardo pelo menos mais um momento épico dessa grande estrela nas telas, por outro bate uma certa apreensão por saber que se aproxima também o fim de um ciclo. De Niro chegou naquele ponto x da carreira em que os grandes atores começam a preparar sua despedida, sair de cena. E volta e meia me pergunto: será que ele vai contrariar a regra e fazer como Clint Eastwood, que passou dos 90 ainda na ativa? Espero sinceramente que sim.
E tenho certeza que os fãs, diretores e hollywood em geral vão concordar comigo!
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