São 85 anos. E permanece não somente conservado - como bom kriptoniano que é - como também relevante na cultura pop. O Superman, aniversariante de hoje, continua atiçando a curiosidade de milhões de fãs ao redor do mundo. E a cada releitura feita ganha novas direções e questionamentos.
Ele foi um pouco de tudo nessa longa jornada: Clark Kent, Kal-El, o algoz do Lex Luthor (e olha que eles até foram meio amigos naquela série Smallville, que o SBT exibia nas tardes de domingo!), foi affair e até marido - em algum momento - da Lois Lane, namorado da Lana Lang, repórter do Planeta Diário, amigo do Jimmy Olsen, enfrentou Zod e seu exército, viajou ao espaço em busca de respostas quando a vida dele entrou em depressão, encarou Brainiac e Darkseid de frente, foi membro da Liga da Justiça (tá, eu sei... com um bate-boca aqui e ali com o Batman, mas tá valendo), disputou uma corrida com o Flash para saber quem era o homem mais veloz, foi morto pelo Apocalipse e trazido de volta numa saga histórica cujos gibis viraram praticamente cults...
E também foi odiado, mal escrito, mal adaptado, revisto, remontado, transformado em alguns momentos naquilo que não é, refém de atores canastrões que deram a vida à ele, etc etc etc.
Desde sua primeira aparição na Action Comics 1 em 1938 a criação da dupla Jerry Siegel e Joe Shuster vem dando o que falar. Teve até uma versão vermelha/comunista que fez um enorme sucesso na Rússia (para desgosto dos americanos fanáticos por suas obras). E atualmente James Gunn, chefe-mor do departamento de criação da DC Comics, promete um novo longa, Superman: legacy, aguardado (e também temido) por muitos fãs ansiosos por um novo destino para o herói.
O poder da indústria dos quadrinhos na sociedade contemporânea é realmente impressionante. Se nem a kriptonita conseguiu destruir a essência do Sr. Superman, nem o transformou num ancião decadente, cheios de vícios e lamentações, pergunto-me aqui o que conseguirá. Provavelmente nada.
Os mais chatos volta e meia o acusam de ter um senso de moralidade exagerado, gostariam de vê-lo quebrando as regras de vez em quando. Acham que ele deveria ser mais como o cavaleiro das trevas, seguindo a premissa dos "fins justificam os meios" na hora de combater o crime, mas ele simplesmente não consegue e sua própria identidade secreta e personalidade ímpar já deixam claro isso.
E tudo bem. São comic books, não tratados filosóficos sobre a psique humana, pelo amor de Deus! Parem de problematizar tudo! Até porque ele completará seu centenário em 2018 - se Deus quiser - não dando a menor trela aos haters e xiitas que andam tornando a cultura pop cada dia mais chata e radical.
Super, dane-se essa gente insuportável! Seja você mesmo e ponto. Ah! E feliz aniversário.
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