É isso mesmo? 40 anos para De volta para o futuro, de Robert Zemeckis? Meu Deus! E onde é que eu estava esses anos todos que passaram? Numa câmara criogênica, que nem Mel Gibson no filme Eternamente jovem? Só pode ser piada... Só que não.
40 anos que Martin McFly (Michael J. Fox) voltou no tempo - mais especificamente para o ano de 1995 - no Delorean criado pelo doutor Emmett Brown (Christopher Lloyd) com o intuito de consertar a linha do tempo e salvar a sua família. E eu me lembro do exato dia em que fui ao cinema, das filas homéricas, cheias de jovens apaixonados e entusiasmados, à espera da sessão (que não decepcionou).
O longa de Zemeckis - e a posterior trilogia (sim, o longa rendeu duas continuações) - fez parte de uma geração que conviveu com grandes longas feitos para o público jovem. Eram tempos de Brat pack, ou geração Brat como chamávamos no Brasil, filmes de terror, assassinos slashers decapitando cabeças, aventuras mitológicas que marcaram época e ficções científicas que mesclavam games e teorias da conspiração com a mesma dosagem.
Contudo, acredito que nenhum outro longa nessa linha - ou mesmo nessa década - tenha feito tanto sucesso ou repercutido tanto quanto De volta para o futuro.
Muitas de suas inovações e informações inusitadas chegaram a ser estudadas ou repercutidas nas décadas seguintes. Até hoje muitos espectadores - e, claro, a classe científica - ainda se perguntam se é possível a famigerada viagem no tempo ou se tudo não passa de uma ficção muito bem construída. E eu faço parte do grupo que espera ansiosamente que um dia isso se torne realidade.
E olha que as continuações ainda trouxeram o tênis com os cadarços automáticos e o snow board! Além da ironia por trás do inédito título dos Cubs, popular time de beisebol norte-americano.
Dizer que De volta para o futuro marcou época na história de hollywood já é clichê por si só. Mais do que isso: ele fundou as bases do que ficaria conhecido como o filme de aventura perfeito (e, por isso, acho uma loucura que qualquer geração posterior proponha um remake dele). É dessas experiências cinematográficas que acontecem uma vez e nunca mais. E mexer nessa estrutura não passa de reles engano ou temeridade.
E você que ainda não assistiu essa obra-prima e fica aí perdendo tempo com baboseiras heroicas e tramas absurdas com monstros surreais, tá esperando o quê pra dar uma conferida, hein?