domingo, 6 de abril de 2025

Tarantino rules


De tempos em tempos volto à Quentin Tarantino neste blog por considerá-lo um artista anacrônico e também porque há muita gente boa analisando a sua obra sob os mais diferentes prismas. A mais recente leitura, no caso, é o ótimo Quentin Tarantino - o cineasta icônico e sua obra, de Ian Nathan, que procurei que nem um louco por diversas livrarias, mas parecia esgotado. Acabei dando a sorte de encontrá-lo em pdf. 

Tarantinesco parece ser uma grande expressão para classificar o que viria a se tornar o cinema americano no início dos anos 1990, quando ele deu as caras como diretor. Na verdade, antes mesmo disso! Vendo os filmes Amor à queima roupa, de Tony Scott e Assassinos por natureza, de Oliver Stone, baseado em seus roteiros no começo da carreira, já dá pra ter uma bela impressão do que viria a seguir. 

Nathan esmiúça a obra de Quentin Tarantino desde a origem, reúne os fatos com a melhor precisão possível, e muito por conta disso deixou os já fanáticos admiradores do cineasta ainda mais enlouquecidos.

Quentin é daquelas figuras cheias de enigmas, ironias e pequenas teorias da conspiração, algo que todo cinéfilo fora da curva adora. E aqui, nessas pouco mais de 180 páginas, conseguimos vislumbrar a grandeza de seu legado ao mesmo tempo em que fica a dúvida se ele irá se aposentar, de fato, no décimo longa ou não. Sei lá... Parece tão ilógica essa decisão! 

A parte visual do livro é um escândalo e completa de forma sublime o grande delírio que é viajar pela mente do diretor - um indivíduo com uma mente fervilhante de ideias e que está sempre reescrevendo seus rascunhos, à procura de uma perfeição que ele mesmo saber ser impossível de atingir.. 

À medida que acompanhamos filme a filme a sua carreira - de Cães de aluguel à Era uma vez... em hollywood - e nos deparamos com seus sucessos, deslizes, frustrações, e entendemos o que deu certo e o que poderia ser modificado, além das críticas recebidas ao longo da carreira, é fácil imaginar porque ele se tornou um fenômeno em hollywood. 

Não quero me estender demais nesse post (pois acho que a leitura desse livro deveria ser obrigatória para qualquer pessoa que diga amar a sétima arte). Logo, despeço-me apenas advertindo: é provável que vocês, leitores, queiram lê-lo mais de uma vez. É. com folga, um dos melhores trabalhos literários já feitos sobre a obra dessa grande incógnita em forma de artista chamado Quentin Jerome Tarantino. 

P.S: leiam em doses homeopáticas, pois vocês vão querer que a experiência dure o máximo possível.


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