Termino a sessão numa sala vazia pensando: hollywood não é mais a mesma.
"Os Fabelmans, de Steven Spielberg, é uma carta de amor ao cinema", dizem vários tabloides e sites sobre cinema.
A frase é clichê toda vida e nem o diretor que encantou gerações gosta dela como definição para seu último trabalho. E o filme certamente diz muito mais do que isso.
De chato mesmo só a pífia bilheteria que acabou ofuscada pela ovação quase uníssona da crítica, que parece ter eleito o longa como o seu favorito ao Oscar desse ano.
E em meio ao belíssimo relato semiautobiográfico do diretor que nos entregou E.T, Tubarão, Contatos imediatos do terceiro grau, A lista de Schindler, Jurassic park e tantas outras obras de arte, um dado curioso: o público boicotando nas telas o homem que praticamente inventou as matinês. E tudo em prol de baboseiras com selo Marvel ou DC.
Eu poderia me perguntar se a sétima arte enlouqueceu de vez, mas não... É apenas um novo público, que prefere a alienação de heróis e criaturas sobrenaturais à histórias de vida sólidas, de gente que sempre soube produzir arte e cultura como ninguém.
E isso é uma pena. Mais do que isso: uma covardia. Resta saber até quando...
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